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Cartório Copacabana registra a glamorosa histórica da sociedade carioca

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Serventia reúne incontáveis registros de celebridades, famosos e ilustres personalidades da sociedade brasileira

 

 

A Arpen/RJ deu sequência ao projeto de visitas aos Cartórios de Registro Civil da capital, e esteve presencialmente conhecendo as instalações do 5º Registro Civil de Pessoas Naturais, cujo titular é o oficial Alan Borges. Fundado em 1890 e sendo um dos mais antigos cartórios da Zona Sul, chamada a área beira-mar, pode-se imaginar a quantidade de registros de nascimento, óbito e casamentos que foram e são feitos por lá.

 

Artistas, pessoas das mais altas camadas da sociedade carioca passaram por lá, seja por motivos de nascimento, casamento ou óbito. O último registro recente ao qual a Associação teve contato foi o do sambista Nelson Sargento. Falecido em 2021 em decorrência do Covid 19, o artista teve seu registro de casamento e de óbito realizados no 5º RCPN. Mas muitos outros registros já foram localizados no Cartório Copacabana.

 

Situado na Rua São João Batista, nº 28, a unidade conta com 34 colaboradores entre balcão e internos, que cuidam dos registros, e dos cerca de 4.500 livros de uso corrente. Uma outra sala, localizada em outro prédio, abriga outros cinco mil livros que fazem parte do acervo do Cartório. Ao acessar a serventia, os usuários podem se direcionar direto ao salão do balcão munidos de senha ou ir direto ao setor de segundas vias. Tiago Mendes é o colaborador que cuida do setor e durante a visita explicou que em dias com mais movimento são emitidas entre 80 a 90 certidões. “Já tivemos dias em que batemos quase 100 solicitações”, afirma. Muitas são para dar entrada em processos de dupla cidadania em Portugal.

 

O Cartório Copacabana possui um grande diferencial: uma linda sala para a realização dos matrimônios civis e que são celebrados por ninguém mais, ninguém menos que a juíza de paz Maria Vitória Guimarães Riera, uma das primeiras juízas do Rio de Janeiro e fundadora da Associação de Juízes de Paz do Estado. A história de Maria Vitória e da sua profissão rendem tranquilamente um capítulo à parte.

 

Durante a visita, ela concedeu uma entrevista à Arpen/RJ. Contou casos e causos de como ingressou na profissão e falou um pouco sobre os mais de 30 mil casamentos que já celebrou, incluindo aqueles de noivos da mais alta estirpe, da high society carioca. Sabe os casamentos celebrados no Rock in Rio? É sempre ela que celebra. Casamenteira também dos famosos, a juíza de Paz já realizou casamentos como o do autor de novelas da TV Globo Gilberto Braga, entre muitos outros. Maria Vitória é figura conhecida entre as socialites do Rio de Janeiro. Basta uma busca na internet e é possível identificar a importância e sua onipresença entre os amantes da terra de Vinicius de Moraes.

 

Em entrevista a Arpen/RJ, Alan Borges falou sobre o trabalho na serventia, que vai muito além de ser registrador. Com uma equipe robusta de funcionários, o trabalho maior é o de gerir seu funcionamento, saber quando intervir no andamento dos atendimentos para que o público seja bem recebido, bem atendido e deixe a serventia com suas questões solucionadas. Ele explica que gosta de chegar cedo na unidade ou ficar até mais tarde, após o fechamento do cartório, para rever processos e trabalhar internamente.

 

Pela localização, o Cartório reúne uma série de registros de nascimento e de casamento de pessoas famosas. “Temos muitos registros aqui, os dos presidentes estão aqui, do Fernando Henrique Cardoso, o jornalista Sérgio Cabral que faleceu recentemente, e o registro de nascimento do filho, ex-governador, do casamento do ator Marcello Anthony, da atriz Danielle Winits com o Cássio Reis. Temos muitos registros históricos”, explica.

 

Alan Borges destaca os planos de liderar uma iniciativa para que os Cartórios acolham e se sincronizem com os direitos das pessoas com deficiência, adaptando as serventias para que sejam acessíveis a cadeirantes e a pessoas com outras necessidades especiais, assim como trazer pessoas com deficiência como colaboradores. Como parte da nova diretoria da Arpen/RJ, o registrador foi convidado a participar da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão para promoção da cidadania do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. “Precisamos fazer as pessoas serem mais cordiais, mais generosas e sensibilizá-las. Nosso intuito é humanizar os atendimentos e trazer essas pessoas para o nosso lado”.    

 

Sobre os registros mais realizados no Cartório Copacabana, Alan explica que o Cartório contabiliza mais atos de óbito. “Eu acredito que isso se deva ao fato de estarmos localizados em uma região rodeada por bairros que concentram uma população mais idosa. E outro indicativo pode ser as poucas maternidades por perto”, comenta.

 

“O 5º RCPN e o Cartório da Tijuca, o 8º RCPN, são os que fazem mais registros de óbito do que de nascimento”, comenta. Alan destaca que um dos maiores hospitais da Zona Sul, o Hospital São José, optou por ampliar o setor de atendimento a oncologia e descartar o setor da maternidade. “É um indicativo importante de como a nossa população está e de como as grandes organizações estão interpretando as necessidades futuras dos seres humanos”.

 

O 4º Registro Civil de Pessoas Naturais que fica localizado na zona Sul central, zona que concentra os bairros da zona Sul que estão mais para o centro da cidade, acaba abrangendo os registros nascimento por estar mais próximos e por estar ligado a Unidades Interligadas.

 

Um espaço especial para os Casamentos Civis

 

Um dos poucos cartórios que possuem uma sala especial para a realização de casamento, onde fica a juíza de Paz Maria Vitória, o Cartório Copacabana tem uma ampla estrutura com luz especial e entrada de luz natural para receber os noivinhos que se casam em Copacabana.

 

Os casamentos acontecem de forma coletiva, mas caso seja solicitado, o casal pode escolher e fazer algo maior, com mais pessoas, de forma individualizada.

 

Fonte: Assessoria de comunicação – Arpen/RJ

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