Casais dividem as experiências de se casarem neste momento
Foto: Arquivo pessoal
Roberto Jones – especial para o Diário
O casamento é um dos grandes sonhos da vida de muitas pessoas, mas o que fazer quando o grande dia está perto de chegar, mas vem uma pandemia e atrapalha todos os planos? Mesmo com a pandemia, os casais petropolitanos não deixaram de ir aos cartórios oficializar a união. De acordo com dados do Registro Civil foram 1.578 casamentos no ano passado, 30% a mais que 2020.
Mesmo comparados aos números de antes da pandemia, o ano passado uniu 145 casais a mais que 2019. Até o momento, só em 2022, já foram 65 uniões oficializadas. Petrópolis foi a 9° cidade com mais casamentos do estado do Rio no ano passado. E o Diário chamou alguns desses casais pra falar sobre os desafios de terem se casado durante uma pandemia.
Um obstáculo a ser passado
Raissa dos Santos Jerônimo Alves e Josué dos Santos Alves Jerônimo se casaram logo no início da pandemia, em maio de 2020, em uma cerimônia pequena, apenas com os pais e irmãos no cartório. Raissa conta que a pandemia nunca foi um impedimento para nada na vida dos dois, mas sim um obstáculo que eles deveriam passar. O casal nunca teve planos de fazer festa, então a pandemia não atrapalhou nesse sentido, já que a idéia sempre foi fazer uma cerimônia só com os familiares no cartório mesmo. “A única diferença pra mim foi a questão de casar com máscara, mas ainda pedi pra fazer uma máscara combinando com o vestido” brinca ela.
O amor dos dois começou no trabalho, o marido conta que os dois se conheceram na escola e depois trabalharam juntos no Bramil de Itaipava, mas não tinham nenhuma intimidade. “Depois de um tempo ela chegou toda sorridente, simpática, conversando, e depois daquele dia a gente foi se aproximando e foi acontecendo, estamos casados já há quase dois anos graças a Deus” diz Josué.
O casal acredita que ter se casado ajudou muito a passar pelos momentos difíceis da pandemia. Durante este período, os dois conseguiram construir sua casa do zero, comprar um carro, criar uma micro empresa de marketing, e abrir uma doceria, a Doceria da Preta. “Se eu fosse solteira, não conseguiria fazer o que fiz casada, hoje estamos terminando a nossa casa, como sempre sonhamos. E sempre agradecendo a Deus, porque em meio a um caos, ele mandou uma solução para as nossas vidas” ressalta ela sobre a importância de Deus em suas vidas.
União fortalecida
Outro casal que oficializou a união durante a pandemia, foi Vânia Virginia Souza Barros e Paulo Roberto Azara, casados em outubro de 2020. Os dois decidiram se casar depois de muito adiarem, e marcaram tudo com apenas um mês de antecedência. “Foi aquela correria, uma loucura, mas graças a Deus tudo se concluiu” comenta Vânia.
Ela conta que a pandemia atrapalhou bastante o casório, já que eles não puderam ter todos os convidados que queriam, mas, pela falta de perspectiva de quando o cenário iria mudar, eles decidiram se casar mesmo assim. “A gente ficava sempre naquela de espera mais um pouco e com isso foi passando seis anos de namoro, até que no final do ano retrasado a gente chegou à conclusão de que precisávamos estar mais unidos, pra ficarmos certos tanto com a lei dos homens quanto com a lei de Deus, a gente decidiu justamente por isso, e porque a pandemia ainda estava bem longe de se encerrar” explica a esposa.
Vânia acredita que a pandemia serviu para unir ainda mais os dois, fortalecendo ainda mais o amor que um nutria pelo outro. “A gente passou a viver aquele amor com intensidade que a gente queria viver, vemos por um lado saudável da situação, ela nos uniu ainda mais, casar sempre fortalece a união, por que deixamos de ser dois para ser um, então botando Deus acima de tudo, a gente sabe que tudo dá certo, por que ele é família e amor” afirma.
Marca e desmarca
Fernanda Portela e Rafael Santiago se conheceram pela internet, e já estão juntos há quase 11 anos. Porém, foi só em novembro de 2021 que oficializaram a união. O casal tentava marcar o casamento desde o início do ano passado, em março, mas, com o pico da pandemia, a cerimônia teve que ser adiada. “Então marcamos e desmarcamos esse casamento umas quatro vezes, mas no final graças a Deus deu mais certo do que imaginávamos” conta ela.
A princípio, os dois queriam se casar só no cartório, mas como a família do esposo é toda evangélica, deram força para se casar no religioso também. “Eu queria muito me casar, acho que é o sonho de praticamente toda mulher, até que um dia consegui convencer ele” diz a esposa.
Ela conta que é muito ansiosa e não conseguiria esperar até o final da pandemia para se casar, mas conseguiu fazer a cerimônia em um período onde os casos estavam abaixando e todos já estavam vacinados, o que proporcionou com que conseguisse chamar algumas pessoas da família. “Com certeza se casar ajudou a passar melhor pela pandemia. O Rafael é meu porto seguro” declara Fernanda.
Fonte: Diário do Rio