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Personalidade multifacetada, falecimento de Mário Lago completa 22 anos

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Advogado, escritor, ator, poeta, radialista e compositor, o artista foi preso sete vezes por suas ideias comunistas

 

São tantos atributos ligados a Mário Lago que sua carreira multifacetada o tornou uma figura emblemática no cenário político e na história cultural do Brasil. Nascido em 26 de novembro de 1911, no Rio de Janeiro, Lago deixou um legado duradouro tanto nas artes cênicas quanto na música popular brasileira.

 

O ator nasceu em uma família de classe média no bairro da Lapa, conhecido por sua intensa vida boêmia e cultural. Desde jovem, demonstrou interesse pelas artes e pela literatura, influenciado pelo ambiente cultural vibrante ao seu redor. Estudou no tradicional Colégio Pedro II e formou-se em Direito, mas foi no teatro e na música que encontrou sua verdadeira vocação.

Lago começou sua carreira no teatro na década de 1930, participando de diversas peças que refletiam o cenário social e político da época. Como ator, destacou-se por seu talento natural e versatilidade, interpretando papéis que iam do drama à comédia. No cinema, estreou em 1938 no filme “Bonequinha de Seda” e participou de vários outros filmes ao longo das décadas, consolidando-se como um dos grandes nomes do cinema nacional.

 

Nos anos 1960, Mário Lago foi um dos pioneiros da televisão brasileira. Atuou em várias telenovelas e programas de TV, conquistando o público com seu carisma e habilidade artística. Alguns dos seus trabalhos mais memoráveis na televisão incluem participações em novelas como “O Casarão” (1976), “Pecado Capital” (1975) e “O Dono do Mundo” (1991), onde suas interpretações ganharam elogios tanto da crítica quanto dos espectadores.

 

Paralelamente à carreira de ator, Mário Lago também se destacou como compositor. Suas músicas, muitas vezes impregnadas de poesia e crítica social, marcaram a história da música popular brasileira. Entre suas composições mais famosas estão “Ai que Saudades da Amélia”, parceria com Ataulfo Alves, e “Aurora”, ambas se tornando clássicos do repertório brasileiro.

 

Mário Lago era conhecido por seu forte engajamento político e suas convicções comunistas. Durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), sofreu perseguições e chegou a ser preso sete vezes por suas atividades políticas. Mesmo diante da repressão, Lago nunca abandonou suas convicções e continuou a lutar pela justiça social e pela democracia no país.

 

Mário Lago faleceu em 30 de maio de 2002, no Rio de Janeiro, deixando um legado imenso nas artes e na cultura brasileira. Seu talento multifacetado e seu compromisso com a justiça social o tornaram uma figura respeitada e admirada. Além de seu trabalho artístico, Lago é lembrado por sua integridade e coragem em enfrentar adversidades em prol de um Brasil mais justo e igualitário.

 

A vida e carreira de Mário Lago são um testemunho de dedicação à arte e à luta por um mundo melhor, fazendo dele uma inspiração para artistas e ativistas de todas as gerações. O ator faleceu em sua casa na zona sul do Rio de Janeiro. Seu óbito foi registrado no 5º Registro Civil de Pessoas Naturais da capital, que tem como oficial titular Alan Borges. A causa da morte foi enfisema pulmonar. Na época, o corpo do artista foi velado no Teatro João Caetano, local onde ele viveu grandes momentos de sua carreira.

 

Fonte: Assessoria de comunicação – Arpen/RJ

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